Em SP, mais uma vez, a atribuição em cima da hora
Complicada e vergonhosa é a conjuntura do sistema educacional do Estado de São Paulo. Após um ano de reivindicações por parte dos educadores da rede estadual e sinais de diálogo com a secretaria da educação, mais uma vez se observa a desorganização do sistema educacional paulista. Novamente o ano letivo se inicia de maneira corrida, devido a elaboração de um apertado calendário de atribuições de aula/ planejamento escolar difícil de entender. Aliás, difícil ver essas pessoas que elaboram tal calendário como amigos da educação.
As atribuições de aula iniciam-se no dia 23 de janeiro (uma quarta-feira) sendo que na semana há um feriado na capital, e as aulas estão programadas para começar em 1º de fevereiro ou seja, teremos profissionais atribuindo aulas um dia antes do início do ano letivo. Um espetáculo de planejamento. Sem contar a abertura de cadastro de professores pós atribuição, o que indica que muitos alunos deverão começar o ano letivo sem professores.
Além disso, temos ainda o planejamento do ano letivo, que se dará... após o início das aulas ,ou seja, começa o ano, e só depois se planeja algo, com um detalhe: pós carnaval. É como se tudo fosse feito as pressas, de qualquer jeito, sem planejamento nenhum, e sem nenhum respeito a educadores, que ficam perdidos em meio a tantas datas e categorias (sim, os professores em São Paulo não são considerados iguais), muitos sem saber onde vão atuar até um dia antes do início do ano letivo, sem contar os problemas eventuais que podem surgir com documentação e pagamento, devido à correria. Isso sem contar os problemas com adequação à lei do piso, questão da jornada, e por aí vai... (fica para um outro post) Agora: como pensar um bom ano letivo para educadores e educandos se o planejamento deste já é conturbado?
por Bruno Oliveira.
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