Pertencimento, ambiente e aprendizado nas escolas - Parte 2


Professor X a atual conjuntura da educação brasileira X ambiente nas escolas

Além da questão da construção do ambiente dentro das instituições escolares é preciso observar a conjuntura do sistema educacional público brasileiro, e questionar: Quem entra hoje no magistério tem a motivação necessária para exercer sua função? E aí voltamos a todo o debate em torno da valorização do magistério. O choque que o professor ingressante tem em relação às suas expectativas de carreira, ao ver a realidade do sistema, com certeza é grande.

Ausência de estrutura, desconhecimento da legislação educacional por parte dos gestores, e consequente dúvida em como aplicar esta nas diversas situações que venham a se apresentar, desde a busca de recursos para a escola, até a execução de medidas disciplinares. Essas questões fazem com que em muitas vezes o profissional de educação adentre nas escolas, em um ambiente não-profissional.


Falta profissionalismo

Se não há estrutura, falta apoio, é o que podemos concluir. E falta o profissionalismo em todas as esferas (Não em todos os lugares, mas em todas as esferas). Isso pode ser visto nas ações de governo, como por exemplo na política de atribuição de aulas, ou na questão da concessão de tempo para planejamento de aulas, e nas pequenas ações diárias na escola: direcionamento burocrático, política para a comunidade, resoluções de conflito.

Para que o trabalho em sala de aula funcione é preciso que todo o sistema se profissionalize. É necessário que se tomem ações coordenadas na organização do sistema, da escola, visando reflexo nas aulas e no aprendizado. O que não pode ocorrer é a confusão entre tomada de ações e cobrança do mais forte sobre os mais fracos dentro do sistema. É preciso que os responsáveis por pensar a educação verdadeiramente o façam.

Bruno Oliveira



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