Desemprego, revolução 4.0 e renda básica universal
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Em uma sociedade resultante do atual processo de precarização do emprego, onde as máquinas tomarão em larga escala o espaço do homem nos processos de produção e prestação de diversos serviços, há de se pensar o que será da massa desempregada.
Dois caminhos apresentam-se: o subemprego, mal remunerado e em baixa quantidade, o que manteria na verdade o problema, e a proposta, trabalhada pela professora Tatiana Roque em artigo no jornal Folha de São Paulo, da renda básica universal, também proposta pelo vereador e ex Senador Eduardo Suplicy.
A proposta tida como polêmica por setores políticos no país consiste em dispor de um valor mínimo de subsistência para cada cidadão, e a partir daí se daria a busca por encaixe no mercado.
É interessante a ideia de um mínimo para que o povo possa garantir sua subsistência, pois o encaixe no mercado não teria caráter de sobrevivência, mas sim de complemento de renda, o que retiraria, pelo menos em parte, o poder das mãos do 1% mais rico dando às pessoas uma oportunidade de escolha, e poder de barganha em relação aos donos do capital.
Não considerando que seja essa a resolução dos problemas, pois o capital sempre se articula e se ajusta a realidade, mas sobretudo, seria essa uma alternativa na sociedade pós-emprego.
O que precisamos pensar é na vontade política, e econômica dos donos do poder, em implementar uma proposta dessas. Há o interesse, por parte da elite, de colocar em prática uma proposta que reduza a loucura da corrida pela sobrevivência, ou é mais interessante aos donos do poder potencializar essa corrida, elevando-a a níveis nunca antes vistos?
Ora, a pensar pelas políticas atuais, de arrocho e retirada de direitos, readequação das relações de trabalho, fica difícil imaginar uma postura da elite em prol da massa desempregada. O mais plausível, incrível e desumano é a barbárie, proposital, onde pela alienação, o próprio povo se destruirá, ou causará uma situação para sua destruição pelos poderosos.
Link para o artigo da professora Tatiana Roque:
https://drive.google.com/file/d/1XpO87RDDd5VCGFXsDvOKndanTav0GFIV/view?usp=sharing
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