“Por que agora a reabertura é necessária” ou, “Em que momento Bolsonaro passou a estar certo” ou, “De quem é a mão que balança o berço”

O governo de São Paulo empunhou a bandeira do isolamento social junto ao ministro da saúde de Bolsonaro, gerando uma guerra de opiniões, onde o presidente assumiu a postura anti-quarentena, e o governador João Dória, dizendo que estava com a ciência, apoiando Mandetta, se demonstrou favorável ao isolamento. Ok.
Sequência dos fatos: Aqui é o Brasil. As pessoas não respeitaram a quarentena, o governo federal foi aos poucos colocando sua visão em prática, tornando tudo o que é setor de serviços como essencial e, mesmo delegando a reabertura aos governadores, obtendo êxito na abertura informal do comércio.
Mas a visão dos governadores não mudou. Até um certo momento. Muito se falava no isolamento, muitos ataques ao presidente. Com razão. Mas aí, passou um tempo, entramos em junho, com o Brasil como epicentro da doença, inverno chegando, sem ministro da saúde, e os governadores e prefeitos falam em reabertura. Principalmente em São Paulo, epicentro do epicentro.
No espaço de uma semana o discurso passou de lock down para retomada. E então ficam as perguntas: como falar em reabertura com o aumento diário de mortes no país e em São Paulo? Quem estava certo, Bolsonaro ou Dória? A quem interessa essa reabertura repentina no meio da crise? Qual o papel do Brasil nessa crise mundial? De quem é a mão que balança esse berço?
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